Foram publicados os primeiros resultados definitivos sobre recursos humanos e financeiros afectos a actividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em 2016, que resultam do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional – IPCTN16. Destes dados, que demonstram uma recuperação da tendência de crescimento do investimento em Investigação & Desenvolvimento (I&D), destacam-se um conjunto de resultados.
A despesa total em I&D atingiu, globalmente, 2.388 milhões de euros em 2016, o que representou 1,29% do PIB nacional desse ano. Estes valores mostram um crescimento em relação aos 2.234 milhões de euros e 1,24% do PIB, do ano de 2015, invertendo-se assim a tendência de decréscimo da despesa nacional em I&D verificada nos anos mais recentes. O sector Empresas executou 48% da despesa nacional em I&D e o sector Ensino Superior executou 45%. Com uma dimensão muito menor, os sectores Estado e Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos executaram, respectivamente, 5% e 2% da despesa nacional em I&D.
Em relação aos valores de 2015, a despesa em I&D em 2016 cresceu nos sectores Empresas, Ensino Superior e IPSFL, tendo decrescido no sector Estado. O número total de pessoas afectas a actividades de I&D em Portugal, em 2016 foi de 50.406 (como equivalentes a tempo integral – ETI), sendo de 41.349 se considerarmos apenas as pessoas na categoria de Investigador. Estes números equivalem a uma média de 9,7 pessoas (ETI) com actividades de I&D em 2016 por mil habitantes activos, das quais 8,0 eram investigadores, o que representa também um crescimento em relação aos valores homólogos de 2015. Os investigadores concentraram-se essencialmente no sector Ensino Superior, com 26.106 ETI, e no sector Empresas, com 13.426 ETI.
As estatísticas oficiais do IPCTN16 estão aqui.