Criação de um Conselho Europeu de Inovação

Portugal encontra-se no Top 10 dos países que mais participaram na consulta pública, (Call for Ideas), para a criação de um Conselho Europeu de Inovação, centrado em questões relativas à inovação, orientada para o mercado e para a resolução de desafios, lançada pelo Comissário Carlos Moedas, responsável pela política Europeia de Investigação e Inovação.

A consulta decorreu de 16 de Fevereiro a 29 de Abril deste ano, tendo sido recebidas 1022 respostas de 46 Países, das quais 40% são provenientes de organizações de investigação, 35% de empresas (predominantemente PME), 11% de organismos públicos e as restantes de associações, entidades financeiras e de cidadãos.

Mais de 80% dos participantes concordam que a falta de inovação disruptiva orientada para o mercado é um obstáculo ao crescimento e à criação de emprego, e cerca de 75% considera que ainda existem “lacunas” no atual apoio da UE à inovação. Continua a ser difícil para as PME tirar pleno partido das ajudas existentes, devido à complexidade e morosidade dos procedimentos. Os inquiridos consideram ainda que, um eventual Conselho Europeu de Inovação deve ter um papel de aconselhamento estratégico para a UE e governos nacionais, no que se refere a temas como, regulamentação, “mentoring” e “coaching”, incubação de ideias, intermediação, criação de redes, novos instrumentos de financiamento, promoção de uma cultura de inovação, comercialização da inovação e reforço da cooperação entre as universidades e as empresas.

A Comissão Europeia publicou a análise mais detalhada dos resultados desta consulta (Ideas for a European Innovation Council – Overview of Responses to the Call for Ideas), os quais irão ser tidos em conta, ainda no âmbito do Programa de Trabalho do Horizonte 2020 (2018-2020), de forma a maximizar o impacto das atividades de inovação financiadas neste período.

Reconhecendo a importância da inovação enquanto fator estratégico para a competitividade das PME, o IAPMEI procedeu a uma ampla divulgação desta consulta, no seu site e através dos parceiros do Consórcio Nacional da Enterprise Europe Network, tendo igualmente respondido ao inquérito.

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